Você, cristão, independente de idade e tempo de conversão, já se perguntou (ou perguntará um dia) o seguinte: “Como pode esse povo não entender o Evangelho? É tão claro, tão óbvio, qualquer um pode entender!” Uma das conclusões que você pode tirar é que, hoje em dia, o Evangelho está manchado pelos falsos profetas que se multiplicam mais que bactérias; pode, também, acreditar que é culpa da ciência que pode afastar as pessoas do que é espiritual; ou pode chegar à conclusão que, com mais acesso à tecnologia, o homem tende a se desinteressar do que é estático – as Boas Novas – que são as mesmas há séculos e séculos.
Contudo, meu amigo, esses problemas citados, ainda que reais, são coadjuvantes, não protagonistas.
Então, qual é o cerne da questão?
Vamos às Escrituras em Êxodo 32!
17 Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há alarido de guerra no arraial.
18 Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço.
19 Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte;
20 e, pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o, e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de Israel.
21 Depois, perguntou Moisés a Arão: Que te fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?
22 Respondeu-lhe Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que o povo é propenso para o mal.
Havia barulho ali onde o povo estava. Eles haviam saído há pouco do Egito, livrados pelo SENHOR.
O que se imaginaria? Que o barulho fosse de celebração, óbvio! Mas não, eles já estavam cultuando a um bezerro, igual faziam as nações vizinhas. Eles queriam algo tangível.
Isso causou furor no SENHOR e, para livrar o povo de Israel de uma destruição iminente, Moisés teve de rogar junto a Deus por misericórdia.
Quero, com esse exemplo, mostrar que não é de hoje que o homem vai na direção contrária de Deus, num piscar de olhos.
Caso você não conheça ainda, existe um conceito chamado Depravação Total, o primeiro item dos Cinco Pontos do Calvinismo.
Através de passagens como: Miqueias 7:2, Romanos 3:23, Salmo 14:2-3 (ou 53:2-3, tanto faz), Efésios 2:1 e muitas outras, a Bíblia deixa CLARO que o homem é totalmente depravado (mau, pecaminoso), em cada uma de suas partes, completamente.
Isso faz com que a humanidade se perca no próprio abismo, procurando razão para toda e qualquer coisa em lugares errados.
Muitos homens até procuram por coisas nobres: amor, alegria, justiça, igualdade. Entretanto, procurar por essas coisas sem entender, de antemão, o porquê de o mundo ser odioso, triste, injusto e desigual é essencialmente vão. Parafraseando uma cantora canadense: “é como encontrar mil colheres, quando tudo que você precisa é de uma faca”.
Então, amigo, é hora de refletir. Temos razão para fazer aquela pergunta: “por que eles não entendem o Evangelho?”. Creio que não. A Bíblia é direta em mostrar porque isso acontece. O homem é pecador e, portanto, oposto a Deus.
Mas, e aí? O que podemos fazer por essas pessoas?
Resposta: examinar as Escrituras com diligência. Ela é inexpugnável, inspirada por Deus, útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habitado para toda boa obra (2 Tm 3:16-17). Se eu e você estamos afiados na Palavra, estaremos prontos para, com respeito e prudência, mostrar aos incrédulos que não adianta eles procurarem onde certamente não acharão.
Não é preciso muito esforço para notar que estamos cercados de pessoas que procuram (exaustivamente, às vezes) por explicações, razões para tudo na vida. Este que vos escreve foi um deles. Mas não adianta, não acharão!
Eu, particularmente, fui encontrado.
Jesus é o ÚNICO caminho. Ele é Verdade e Vida! (Jo 14:6). Fora dEle não há sentido, não há propósito algum.
Se nós estávamos indo na direção diametralmente oposta do Pai, Jesus é o que desvia a nossa rota para o SENHOR. E isso custou caro. Foi pago com a Sua preciosa vida.
Jesus, obediente até o fim, morreu por nós. E foi morte de cruz (Fp 2:8).
Jesus, obediente até o fim, morreu por nós. E foi morte de cruz (Fp 2:8).
Para concluir, faço aqui um apelo para que sejamos cristãos:
- Cientes da própria natureza
- Amantes da Palavra
- Prontos a lançar o Evangelho para quem vive com sede da Água da Vida (Jo 4:7-15)
- Gratos por sermos chamados, imerecidamente.
''Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos''
- Efésios 2:4-5
Graças a Deus por sua vida, Irmão! Que talento em escrever com piedade e amor, e, ao mesmo tempo, sendo incisivo! Deus te abençoe!!!
ResponderExcluirCreio que não seja certo afirmar que o preço foi a morte. Entendo, no entanto, o link utilizado até o texto bíblico. Mas o preço foi a vida. Essas duas figuras são opostas, e se há quantificação, são opostas demais. Também certamente não foi a morte que segurou Jesus, Ele venceu a morte. (Aleluia) Talvez não altere a mensagem do texto, mas acredito ser importante fazer essa distinção. Thoughts?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirRelendo agora, vejo que ficaria melhor: "(...) E isso custou caro. Foi pago com a Sua vida. Jesus teve que morrer, e através de morte de cruz. (...)"
ExcluirDank je wel (:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm retoque na minha mente. Excelente palavra!
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