Como navios blindados seguimos em frente, resistindo ao inimigo de nossa alma, lutando até o sangue contra o pecado e vencendo o mundo, pelo temor do Senhor, o Deus Todo-Poderoso.

(Cada autor deste blog é responsável por suas opiniões e criações)

domingo, 25 de janeiro de 2015

Reconheço-me pequeno. Ele faz-me grande.

"E guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram, fa-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles, e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei." Isaías 42:16.

Seria muito confortável a nós  poder visualizar claramente o caminho que devemos andar, saber quais as decisões certas a serem tomadas e poder preparar-nos para os desafios e provações vindouras. Porém, todas estas acima são nada mais que formas de assumirmos o controle, mesmo sendo criaturas, desprezando a soberania e todos os perfeitos atributos do Deus Criador.

Deus é imutável e fiel. Ele nos promete a segurança de que, ao assumirmos a posição humilde de "cegos" e pequeninos que somos perante Sua sabedoria, seremos guiados a caminhos perfeitos, elevados ao reconhecimento de Sua fidelidade, presenciando muito mais do que poderíamos pensar ou pedir.

Entregue-se por inteiro à graça real do Pai.

Afinal, não há tolice maior que viver como um nadador incapaz, que em meio as tempestades de um mar tubulento, despreza o chamado do salva-vidas.
Se agarra à sua orgulhosa esperança e morre bem antes de ver terra firme, se afogando em ondas turvas, quando poderia descansar em águas vivas.

Reflita e reaja.

"Deixe que Ele te guie sem que saibas para onde,
O amor não necessita saber;
Filhos pelo Pai guiados
Não perguntam para onde.
Mesmo o caminho não conhecendo,
Pelos morros e montanhas desabitados."
- Gerhard Tersteergen

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Integridade – não aparência, sim essência.


Em conformidade com o dicionário Aurélio, integridade é qualidade de íntegro, remete ao que é inteiro. Aduz-se que um homem íntegro, é um servo que tem o coração inteiramente para Deus.  Segundo o livro de Salmos, em seu capítulo 7, verso 8, Davi orou da seguinte forma “...julga-me SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.” (Almeida Revista e Atualizada).

Quanto ao agir de um homem íntegro, temos que é o sujeito que atua com retidão e imparcialidade, seja no trabalho, na faculdade ou mesmo em sua casa. No entanto, a integridade não está sob os olhos daqueles que nos circundam, mas sim quando o nosso proceder é correto quando ninguém nos pode ver.

Jaime Kemp, em seu livro Integridade- garantia de credibilidade (editora Sepal), questiona qual seria nossa conduta caso tivéssemos certeza de não sermos descobertos diante de uma oportunidade de mentir, colar em um exame, ou desfrutar de alguma vantagem ilícita. Diz ainda, o supramencionado autor, que tais perguntas nos parecem de cunho ofensivo por acharmos que não estamos sujeitos à queda diante de “pecados tão primários”.



Contudo, Kemp ressalta que muitas igrejas têm passado por crises de integridade. Neste âmbito há de se destacar também o pensamento de John Mcarthur quanto a influencia do pós - modernismo no meio cristão, tendo em vista a relativização do certo e errado, já que algumas condutas, mesmo que censuráveis, passam a ser aceitas pelo fato de favorecer ao homem, ou seja, o que o agrada e o faz feliz, independente de honrar ou não a Deus, deve ser bem recebido e não condenado.

A despeito de toda essa lorota que tem sido disseminada por essa corrente pós-modernista e pregado por falsos líderes, a integridade como característica do agir e pensar do cristão é virtude essencial em sua caminhada com Jesus. Podemos ver grandes exemplos de homens íntegros diante do SENHOR e verificar o porquê de assim serem considerados.

De pronto, cito Daniel, o qual na adversidade não se corrompeu, mas se colocou diante de Deus em confiança e agindo de forma íntegra, não deixando de orar e louvar a Ele. E quando foi condenando a morte pelo Rei Dario, afinal ser jogado em uma cova de leões famintos não parece ser pena menor do que o óbito, não cedeu, mas teve fé. Deus fechou a boca dos animais e não permitiu que nada acontecesse, quando Dario percebeu o ocorrido, temeu e tremeu, reconhecendo assim a Grandeza do Deus de Daniel. Vejamos que a integridade de Daniel causou grande mudança em um enorme povo.

Ainda exemplificando, temos Jó, o qual era considerado por Deus como homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. (Jó 1.1). Jó nos serve de análise para conduta e também para confiança em Deus. Ora, tendo Jó passado por uma experiência de perdas e grande dor, seria compreensível se tivesse perdido a fé, a confiança e morrido blasfemando a Deus. Contudo Jó pôde ver a grandeza e soberania de Deus e justamente por saber que o SENHOR estava no controle e que nenhum de Seus planos poderiam ser frustrados, Jó louvou ao Altíssimo.

Remetendo novamente ao livro de Jaime Kemp, analisemos o que diz sobre a conduta dos dois exemplos acima expostos:

“se crermos, assim como Jó (e Daniel), que Deus controla todas as situações de nossa vidas e nos entregarmos a Ele, não sentiremos a necessidade de abrir mão do que cremos e fazer concessões quanto ao nosso padrão.”

Importante lembrar que nos entregarmos ao SENHOR não é apenas um pensamento e sentimento, mas também um agir constante. Vejamos que Jó e Daniel eram homens de oração, estudo e obediência. Por nós mesmos não somos capazes de nos manter em retidão, nossa tendência ao pecado deve ser combatida e refreada a todos os instantes. E não faria sentido buscarmos obedecer e servir como cristãos sem estarmos em comunhão com Jesus, sem estarmos em contato com nosso manual de fé e prática. Ser íntegro é uma prática diária de Fidelidade. Será que, assim como fez Davi, poderíamos orar ao SENHOR e pedir que Deus nos julgasse segundo nossa integridade?

                                   Finalizo, com mais uma citação de Kemp, o qual serviu de norte para o presente artigo:

“... Nesta época de extrema emergência, Deus procura homens e mulheres que não sejam comprados por preço algum. Ele não busca pessoas perfeitas, mas sim pessoas íntegras. Que reconheçam-se pecadores e corram para o Senhor e para a provisão que Ele providenciou para nós em Cristo. Lembre-se, a força é dEle e estará sempre a nossa disposição...”


Oremos lembrando que “aquele que começou boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6). Sejamos moldados, tendo um coração transformado e um caráter íntegro. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

This tongue is on fire



"Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor." (Lv 19.16-18)

Penso que o motivo real pelo qual Deus nos deixa transmitir algo sobre a “mexerico”, é que esse problema de maneira nenhuma nos é estranho. Nós não somente ouvimos fofocas como também as espalhamos. Nós mesmos fomos vítimas delas. E acreditem: Todas as três coisas desagradam ao Senhor da mesma maneira!


I. O que é fofoca?

   Por ocasião da nossa conversão a Jesus, deixamos os “grandes pecados” como por exemplo, mentir, roubar, beber, enganar, uso de drogas, etc. Começamos a passar nosso tempo com nossos novos amigos, falando a respeito de nosso Senhor, sobre nossa vida e sobre o que acontece à nossa volta. Pensamos sobre tudo isto de um modo completamente inofensivo. Mas, observemos a coisa um pouco mais de perto! Quantas vezes essas conversas estão cheias de julgamentos, de boatos, de “ouvi dizer”... escondidos cuidadosamente atrás de um sorriso cristão?
Você sabia que a Bíblia fala muito sobre mexerico? E não se trata de um “pequeno pecado”, como muitos de nós pensamos. Na bíblia está escrito: “...a boca perversa, eu odeio(Pv. 8.13). Deus nos ordena: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo.(Lv. 19.16). Ele também diz: “...aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém.(I Tm. 5.13). E no Salmo 101.5, Deus diz: “Aquele que murmura do seu próximo às escondidas, Eu o destruirei.” Deus é da opinião de  que pessoas tagarelas não O reconhecem, estando entregues aos seus pensamentos corrompidos. Ele equipara pessoas difamadoras com aqueles que não merecem confiança, como assassinos e aborrecedores de Deus. Ele continua, dizendo que aqueles que fazem tais coisas, sabem que merecem a morte. Mas isso não os impede de continuar a fazê-las e até a animar outras a praticá-las (Rm. 1.28-32).
Além disso as fofocas não precisam ser obrigatoriamente mentirosas. Muitos pensam: “O assunto é verdade, por isso posso contá-lo a todos.” Mas isso não está certo! Dizer a verdade com falsos motivos pode ter efeito ainda mais funestos do que falar a inverdade. A seguinte definição de “fofoca” deixa isso claro: "Falar algo de alguém é fofoca, quando o que é dito não contribui para a solução do problema da pessoa em questão."

II. Orientação na Bíblia      

   Quando somos ofendidos por alguém ou vemos que alguém vive em pecado, temos que ir a essa pessoa e não a nenhuma outra! (Mt. 18.15-16). Se alguém vive em pecado, que valor teria, falar a respeito dele a outros? O que os outros irão fazer a respeito? Ao invés disso, é nossa tarefa reconduzir o irmão ou a irmã à comunhão com Deus. Você poderia mostrar-lhe o ponto escuro em sua vida, que o Senhor gostaria tanto de purificar. Se a pessoa não der ouvidos, deve-se dar outros passos. “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.(Gl. 6.:1)

III. Envolver outros

   Transmitir a outros nossas mágoas e amarguras e ouvir quando eles falam das suas, é outra área em que devemos ser bem cuidadosos. Se alguém feriu seu amigo, e este lhe falar da sua dor, provavelmente você ficará ofendido por causa do seu amigo. Então você se sentirá ofendido e, talvez, fique bravo com a pessoa que fez tal coisa ao seu amigo. Mais tarde, é possível que os dois se reconciliem, e tudo será perdoado e esquecido. Mas um problema permanece: Você continua amargurado! E isso o impede de louvar a Deus com a sua vida! (Mt. 5.24)
Quando passo adiante algo que eu deveria ter ficado para mim, normalmente o justifico com as palavras: “Precisamos de qualquer maneira orar por fulano ou sicrano, ele tem o seguinte grave problema...” Na verdade, não oramos, mas falamos bastante sobre o assunto. Geralmente, sempre é muito interessante ficar sabendo das últimas histórias sobre uma pessoa ou uma obra.
 Uma briga causada por um pequeno incidente, pode ter consequências  muito amplas e estender-se por muito tempo, dependendo de quantas pessoas tomam conhecimento dela. Veja... é completamente injustificável envolver outros em suas mágoas. Não temos  o direito de ir até o outro se lamuriar, exceto até Deus e àquele que nos ofendeu.

IV. A diferença entre aconselhamento e mexerico 

   Muitas vezes, mexericos e difamações são camufladas como “aconselhamento espiritual”. Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente se falar com um conselheiro espiritual. Um conselheiro espiritual é um crente maduro, que a exorta à uma vida espiritual e à reconciliação, que aponta o seu pecado na situação que está sendo analisada! Ele não exagera a importância da questão e não fica logo ofendido pessoalmente. A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a sua.
Na maior parte das vezes, nem procuramos seriamente uma solução quando falamos com alguém sobre um problema, mas somente um ouvinte compassivo, que também defende nosso ponto de vista. Parece-nos indiferente, quantas divisões provocamos, enquanto pudermos atrair pessoas para o “nosso lado”. “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. (Pv. 6:16-19)

V. “Mas estou somente ouvindo!” 


  Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalhá-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: “O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.(Pv. 17.4).
Em I Samuel 24.9, Davi exorta a Saul: “Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem:  Eis que Davi procura o teu mal?” Sim, por que lhes damos ouvidos?! Por que estamos tão rapidamente dispostos a acreditar no pior? Na Bíblia está escrito: “[o amor] tudo espera(I Cr. 13.7). Porque não respondemos educada mas decididamente: “Desculpe, tenho a impressão que você está contando algo, que eu nem deveria ouvir. Você deveria contá-lo ao Senhor e àquele a quem se refere, mas a mim não.
Algumas exortações desse tipo, mataria em germe a maior parte das histórias de mexericos. Ao menos, elas impedirão as pessoas de virem até você com sua conversa fiada. Talvez, assim também as estimule uma vez a pensar sobre coisas mais importantes do que os assuntos de outras pessoas. A Bíblia nos adverte claramente sobre o envolvimento com fofocas: “O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios.(Pv. 20.19)

VI. Um sinal de maturidade

Refreie sua língua!
Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. (Mt. 12.36). Em cada palavra que dizemos, tomamos uma decisão. Ou decidimos glorificar a Deus ou entristecê-lo, rebelando-nos contra sua palavra; “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação...(Ef. 4.29).
Frequentemente, não levamos a sério a ordem de Deus para controlar nossa língua. Trata-se, entretanto, de uma das características de um crente maduro. Tiago diz: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.(Tg 1.26). Sabemos que o coração é enganoso mais do que todas as coisas (Jr. 17.9), e assim seria fácil justificar desse modo nosso comportamento errado.

VII. Um pensamento final

             Fofoca e difamação são instrumentos de Satanás. Ele sabe que se conseguir dividir-nos e fazer com que lutemos entre nós, estaremos muito ocupados para lutar entra ele. Temos que parar e pensar, antes de falar (Tg 1.19)! Deveríamos decidir em nosso coração nunca mais dar ouvidos a fofocas ou espalhá-las! Isso é possível pela graça de Deus e através da nossa decisão de fazer a escolha certa! Talvez você tenha que pedir perdão a alguma pessoa. Talvez seja preciso revelar amarguras e curá-las. Vá primeiro a Deus e deixe Ele ordenar seu coração! Ele também lhe dará forças para fazer o restante: (Ap. 19.7).


*Texto retirado e adaptado do site: http://solascriptura-tt.org/ e da pregação do Pastor Elmut Risso