"Não
andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu
próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás
de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado. Não te
vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor." (Lv 19.16-18)
Penso que
o motivo real pelo qual Deus nos deixa transmitir algo sobre a “mexerico”, é que
esse problema de maneira nenhuma nos é estranho. Nós não somente ouvimos fofocas
como também as espalhamos. Nós mesmos fomos vítimas delas. E acreditem: Todas
as três coisas desagradam ao Senhor da mesma maneira!
I. O que é fofoca?
Por ocasião da nossa conversão a
Jesus, deixamos os “grandes pecados” como por exemplo, mentir, roubar, beber,
enganar, uso de drogas, etc. Começamos a passar nosso tempo com nossos novos
amigos, falando a respeito de nosso Senhor, sobre nossa vida e sobre o que
acontece à nossa volta. Pensamos sobre tudo isto de um modo completamente
inofensivo. Mas, observemos a coisa um pouco mais de perto! Quantas vezes essas
conversas estão cheias de julgamentos, de boatos, de “ouvi dizer”... escondidos
cuidadosamente atrás de um sorriso cristão?
Você sabia que a Bíblia fala muito sobre mexerico? E não se trata de um “pequeno pecado”, como muitos de nós pensamos. Na
bíblia está escrito: “...a boca perversa, eu odeio”
(Pv. 8.13). Deus nos ordena: “Não andarás como
mexeriqueiro entre o teu povo.” (Lv. 19.16). Ele também diz: “...aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não
só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém.”
(I Tm. 5.13). E no Salmo 101.5, Deus diz: “Aquele que
murmura do seu próximo às escondidas, Eu o destruirei.” Deus é da
opinião de que pessoas tagarelas não O reconhecem, estando entregues aos
seus pensamentos corrompidos. Ele equipara pessoas difamadoras com aqueles que
não merecem confiança, como assassinos e aborrecedores de Deus. Ele continua,
dizendo que aqueles que fazem tais coisas, sabem que merecem a morte. Mas isso
não os impede de continuar a fazê-las e até a animar outras a praticá-las (Rm.
1.28-32).
Além disso as fofocas não precisam ser obrigatoriamente mentirosas.
Muitos pensam: “O assunto é verdade, por isso posso contá-lo a todos.” Mas isso
não está certo! Dizer a verdade com falsos motivos pode ter efeito ainda mais
funestos do que falar a inverdade. A seguinte definição de “fofoca” deixa isso
claro: "Falar algo de alguém é fofoca, quando o que é dito não contribui para
a solução do problema da pessoa em questão."
II. Orientação na
Bíblia
Quando somos ofendidos por alguém
ou vemos que alguém vive em pecado, temos que ir a essa pessoa e não a nenhuma
outra! (Mt. 18.15-16). Se alguém vive em pecado, que valor teria, falar a
respeito dele a outros? O que os outros irão fazer a respeito? Ao invés disso,
é nossa tarefa reconduzir o irmão ou a irmã à comunhão com Deus. Você poderia
mostrar-lhe o ponto escuro em sua vida, que o Senhor gostaria tanto de
purificar. Se a pessoa não der ouvidos, deve-se dar outros passos. “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma
ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão;
olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.” (Gl. 6.:1)
III. Envolver outros
Transmitir a outros nossas mágoas
e amarguras e ouvir quando eles falam das suas, é outra área em que devemos ser
bem cuidadosos. Se alguém feriu seu amigo, e este lhe falar da sua dor,
provavelmente você ficará ofendido por causa do seu amigo. Então você se
sentirá ofendido e, talvez, fique bravo com a pessoa que fez tal coisa ao seu
amigo. Mais tarde, é possível que os dois se reconciliem, e tudo será perdoado
e esquecido. Mas um problema permanece: Você continua amargurado! E isso o impede de louvar a Deus com a sua vida! (Mt. 5.24)
Quando passo adiante algo que eu deveria ter ficado para mim, normalmente o justifico com as palavras: “Precisamos de qualquer maneira orar por fulano ou sicrano, ele tem o seguinte grave problema...” Na verdade, não oramos, mas falamos bastante sobre o assunto. Geralmente, sempre é muito interessante ficar sabendo das últimas histórias sobre uma pessoa ou uma obra.
Quando passo adiante algo que eu deveria ter ficado para mim, normalmente o justifico com as palavras: “Precisamos de qualquer maneira orar por fulano ou sicrano, ele tem o seguinte grave problema...” Na verdade, não oramos, mas falamos bastante sobre o assunto. Geralmente, sempre é muito interessante ficar sabendo das últimas histórias sobre uma pessoa ou uma obra.
Uma briga causada por um pequeno
incidente, pode ter consequências muito amplas e estender-se por muito
tempo, dependendo de quantas pessoas tomam conhecimento dela. Veja... é
completamente injustificável envolver outros em suas mágoas. Não temos o
direito de ir até o outro se lamuriar, exceto até Deus e àquele que nos
ofendeu.
IV. A diferença entre aconselhamento e mexerico
Muitas vezes, mexericos e difamações são camufladas como “aconselhamento espiritual”. Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente se falar com um conselheiro espiritual. Um conselheiro espiritual é um crente maduro, que a exorta à uma vida espiritual e à reconciliação, que aponta o seu pecado na situação que está sendo analisada! Ele não exagera a importância da questão e não fica logo ofendido pessoalmente. A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a sua.
Muitas vezes, mexericos e difamações são camufladas como “aconselhamento espiritual”. Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente se falar com um conselheiro espiritual. Um conselheiro espiritual é um crente maduro, que a exorta à uma vida espiritual e à reconciliação, que aponta o seu pecado na situação que está sendo analisada! Ele não exagera a importância da questão e não fica logo ofendido pessoalmente. A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a sua.
Na maior parte das vezes, nem
procuramos seriamente uma solução quando falamos com alguém sobre um problema,
mas somente um ouvinte compassivo, que também defende nosso ponto de vista.
Parece-nos indiferente, quantas divisões provocamos, enquanto pudermos atrair
pessoas para o “nosso lado”. “Estas seis coisas o
Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa,
mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos,
pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere
mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” (Pv. 6:16-19)
V. “Mas estou somente ouvindo!”
Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalhá-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: “O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.” (Pv. 17.4).
Em I Samuel 24.9, Davi exorta a Saul: “Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal?” Sim, por que lhes damos ouvidos?! Por que estamos tão rapidamente dispostos a acreditar no pior? Na Bíblia está escrito: “[o amor] tudo espera” (I Cr. 13.7). Porque não respondemos educada mas decididamente: “Desculpe, tenho a impressão que você está contando algo, que eu nem deveria ouvir. Você deveria contá-lo ao Senhor e àquele a quem se refere, mas a mim não.”
Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalhá-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: “O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.” (Pv. 17.4).
Em I Samuel 24.9, Davi exorta a Saul: “Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal?” Sim, por que lhes damos ouvidos?! Por que estamos tão rapidamente dispostos a acreditar no pior? Na Bíblia está escrito: “[o amor] tudo espera” (I Cr. 13.7). Porque não respondemos educada mas decididamente: “Desculpe, tenho a impressão que você está contando algo, que eu nem deveria ouvir. Você deveria contá-lo ao Senhor e àquele a quem se refere, mas a mim não.”
Algumas exortações desse tipo,
mataria em germe a maior parte das histórias de mexericos. Ao menos, elas
impedirão as pessoas de virem até você com sua conversa fiada. Talvez, assim
também as estimule uma vez a pensar sobre coisas mais importantes do que os
assuntos de outras pessoas. A Bíblia nos adverte claramente sobre o
envolvimento com fofocas: “O que anda tagarelando
revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios.”
(Pv. 20.19)
VI. Um sinal de maturidade
Refreie sua língua! |
“Mas eu vos digo que de toda palavra
ociosa que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.” (Mt. 12.36). Em cada palavra
que dizemos, tomamos uma decisão. Ou decidimos glorificar a Deus ou
entristecê-lo, rebelando-nos contra sua palavra; “Não
saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a
edificação...” (Ef. 4.29).
Frequentemente, não levamos a
sério a ordem de Deus para controlar nossa língua. Trata-se, entretanto, de uma
das características de um crente maduro. Tiago diz: “Se
alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana
o seu coração, a religião desse é vã.” (Tg 1.26). Sabemos que o
coração é enganoso mais do que todas as coisas (Jr. 17.9), e assim seria fácil
justificar desse modo nosso comportamento errado.
VII. Um pensamento final
Fofoca e difamação são instrumentos de Satanás. Ele sabe que se conseguir
dividir-nos e fazer com que lutemos entre nós, estaremos muito ocupados para
lutar entra ele. Temos que parar e pensar, antes de falar (Tg 1.19)! Deveríamos
decidir em nosso coração nunca mais dar ouvidos a fofocas ou espalhá-las! Isso
é possível pela graça de Deus e através da nossa decisão de fazer a escolha
certa! Talvez você tenha que pedir perdão a alguma pessoa. Talvez seja
preciso revelar amarguras e curá-las. Vá primeiro a Deus e deixe Ele ordenar
seu coração! Ele também lhe dará forças para fazer o restante: (Ap. 19.7).
*Texto retirado e adaptado do site: http://solascriptura-tt.org/ e da pregação do Pastor Elmut Risso
Excelente texto, irmão árabe :)
ResponderExcluirSDG