Como bem sabemos, vivemos dias “terríveis”, estamos
vivendo no meio de um povo que é entregue à idolatria, que faz do homem o seu
próprio deus. Vemos também o contrário, líderes que se denominam algo que não
são, encontramos apóstolos, patriarcas etc. Porém, o que mais me chama a
atenção nessa história toda, é a postura de cada um, e a motivação, ou melhor,
a quem estamos seguindo.
Pois bem, apesar de eu ter falado que vivemos tempos “terríveis”, e de fato vivemos, este não é um mal exclusivo do nosso século, pelo contrário, desde os tempos de Moisés, quando o povo de Israel preferiu adorar a um bezerro de ouro feito por mão humanas (Êxodo 32:4), ou mesmo nos tempos do apóstolo Paulo, quando o povo dava mais credibilidade ao mensageiro do que à própria mensagem, e isto, sem dúvida alguma, o deixava bastante preocupado. Vejamos a seguinte passagem: “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.” (1 Coríntios 1:12) Eis a pergunta, de quem você é? A quem tem seguido?
Deixe-me refrescar sua memória, a igreja de Corinto era
bastante problemática, porém não muito diferente de nossas igrejas hoje, foi
Paulo quem fundou a igreja de Corinto, mas ele não estava sempre presente, e
teve ajuda no processo de edificação, e alguns dos que ajudaram foram Apolo e
Cefas (Pedro), contudo, a igreja não pertencia a nenhum deles, e por certo
nenhum deles queria esse mérito para si. A igreja pertencia ao Senhor, assim
como hoje a igreja não pertence ao pastor. Mas você deve estar se perguntando onde
eu quero chegar com tudo isso. Vejamos.
Os coríntios estavam divididos porque admiravam em demasia os seus líderes. Eles escolhiam seus líderes segundo os padrões do mundo, a chamada “sabedoria humana” ou “sabedoria do mundo”. Os cristãos mundanos achavam que Paulo era animado, além de ser o “fundador” da igreja (Atos dos Apóstolos 18:7-8, 11), que Apolo era eloquente e bastante talentoso (Atos dos Apóstolos 18:24), e Pedro, ao que parece, tinha um grupo que o seguia que duvidava das credenciais de Paulo e preferiram manter o elo com Jerusalém, além do que, ele era um grande líder judeu. (Atos dos Apóstolos 1:15; 2:14; 4:13)
1) Meu objetivo não é criticar os líderes, muito menos a maneira como se portam. Meus alvos são os liderados, minha primeira colocação é: Com base em quais parâmetros temos feito nossas escolhas quanto a quem seguir? Que a Bíblia venha a ser nossa regra de fé e prática, e, nela apoiados, venhamos a nos decidir, sigamos a Cristo.
2) Ao longo do texto acabei por abordar dois tipos de cristãos, (a) os primeiros são aqueles que se desviam dos caminhos do Senhor na ausência de seu líder espiritual, naquela ocasião do deserto era Moisés, nos dias atuais pode ser o pastor local, e se voltam para adorar a outros deuses, naquela ocasião foi o bezerro de ouro, no nosso caso pode ser o trabalho que nos consome, ou o tempo dedicado aos estudos, e no fim não sobra nada para Deus. (b) O segundo tipo de cristãos citados são aqueles que ao invés de olharem unicamente para Cristo, que é o autor e consumador de nossa fé, acabam por valorizar demasiadamente o mensageiro, daquele que nos traz a palavra, muitos estão nas igrejas procurando o pastor mais bonito, aquela mais bem arrumado, que tem uma voz bonita e que fala palavras difíceis. Quanto a isso Paulo no fala algo bastante interessante: “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1 Coríntios 1:13)
A expressão em nome de (literalmente dentro do nome) tem o seguinte significado: “Dar dinheiro dentro do nome de um homem era pagar algo para seu crédito, para sua posse pessoal. Vender um escravo no nome de um homem era entregar este à posse absoluta e indisputável dele.” Por isso a seguinte pergunta: Por acaso não foi Cristo quem morreu por vós? “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos dos Apóstolos 4:12) Mais um vez eu pergunto, a quem você tem seguido? Que tipo de cristão você é?
3) Como já havia falado mais ao começo do texto, vivemos dias “terríveis”, de fato o fim dos tempos, onde vemos brigas por poder dentro das próprias igrejas, homens em busca de mídia, pelo que nós mesmo nos pegamos envolvidos em porfias e discussões acerca de qual igreja é melhor, e por fim, o que mais me incomoda, vemos desentendimentos acerca da “melhor doutrina”. Refiro-me ao fato de cada um dizer: “Eu sou de Armínio, e eu, de Calvino.”
Mas que bobagem. Exorto-vos, não entremos em discussões deste tipo, Cristo é um só e foi Ele quem morreu por nós, Ele não está dividido e a Sua Palavra é uma só. Quero deixar bem claro que minha “crítica” não se refere à doutrina, muito pelo contrário, me refiro às confusões que ocorrem em torno dela.
4) E por fim, espero que minhas palavras tenham sido a mensagem do próprio Deus. Que aqueles que não sabem a quem seguir, sigam a Cristo. Aqueles que ainda estão em dúvida, se decidam. E aqueles que já seguem a Cristo, que nunca se desviem, nem nunca abandonem a sua fé. E no fim disso tudo, mais uma vez eu pergunto, de quem você é?
Deus os abençoe. Paz!
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