Nesses dias de batalha
que temos que viver até o Dia de Cristo, como superar as dificuldades impostas tanto
pelas circunstâncias da vida quanto por nós mesmos quando não conseguimos nos
desvencilhar dos próprios medos e extinguir nossas deficiências?
(Se puder, pegue agora
sua Bíblia e leia o capítulo 17 de 1 Samuel.)
Insta advertir que este
artigo não deve ser rotulado como algum com teor de autoajuda, que por sinal, estão
aos montes por toda parte nesse mundo antropocentrista que nos cerca. Mas,
quero incentivá-lo a observar tudo o que suas mãos podem trabalhar e alcançar a
partir do momento em que sua força, confiança e obediência advirem e retornarem
em glória ao Deus vivo.
Por diversas vezes
somos assaltados pelos pensamentos de derrota como o descrito no versículo de 1
Samuel 17.11: “Ouvindo Saul e todo o
Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.” Para a
maioria das pessoas funciona assim, basta aparecer uma situação complicada para
o medo se manifestar de inúmeras formas, seja pela própria covardia, ou pela
perplexidade, ou pela desconfiança, ou pelo desânimo por se sentir incapaz.
Há muito o rei Saul não
confiava mais em Deus como seu protetor e sua esperança. No v. 25 Saul
demonstra que esperava que sua vitória no duelo contra Golias viesse pelas mãos
do guerreiro que sua riqueza pudesse encorajar, seduzir, incentivar a enfrentar
o desafio. Assim, ao se deparar com a impotência decorrente de sua prepotência
em confiar no poder de sua própria opulência, Saul teme, e seu exército sente o
líder abalado pelo medo da destruição iminente. Essa é a consequência da confiança
depositada no lugar errado.
Depreende-se pela
narrativa do capítulo 17 que o medo e a desconfiança são sentimentos
contagiantes, pois todo o exército estava apavorado. Mesmo assim, é certo que
no exército israelita havia soldados fortes, valentes e capazes em seus
treinamentos militares para lutar contra o gigante. A apatia dominava o
espírito dos guerreiros.
O espetacular é ver no
v. 28 a tentativa frustrada de Eliabe, numa atitude invejosa e mesquinha, em
contagiar Davi com a covardia que lhe acachapava a moral. Todavia, por que Davi
estava imune aos sentimentos de derrota que permeavam os corações daqueles
homens?
Porque Davi era forte,
valente, homem de guerra, sisudo em palavras e, acima de tudo, porque o Senhor era
com Davi. (1 Samuel 16.18)
Quando Davi, diante do
rei, dispôs-se em duelar com Golias, mais uma vez, Saul demonstrou
inconsistência: v. 33 “Porém Saul disse a
Davi: Contra os filisteus não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda
moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade.” Ato contínuo, com uma
intrepidez a toda prova, Davi respondeu que poderia abater o gigante como
abateu o leão e o urso no campo quando pastor, e que assim o faria porquanto o
filisteu afrontara o Deus vivo (vv. 34-37).
Destarte, Davi, o
pastor de ovelhas, menor de seus irmãos, que não suportava manejar uma
armadura, sem espada, lança ou escudo, nos ensina uma lição essencial sobre a
confiança que devemos ter em Deus: v. 45b “(...) eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos exércitos de Israel, a
quem tens afrontado.”
Davi não lutou em nome
de Saul ou do dinheiro de Saul, muito menos confiado única e exclusivamente em
suas próprias forças; o pastorzinho guerreou bravamente em nome do Senhor que
nos sustenta e nos livra das mãos dos nossos inimigos e das armadilhas que intentam
nos agarrar num abraço mortal. Davi manteve-se imune às ondas indolentes nas
quais os covardes estavam mergulhados.
O resultado do duelo
Davi x Golias todos já conhecem.
Assim sendo, ore e
busque um caráter forte e corajoso, imune aos apáticos, como o de Davi; e creia,
confiante que Deus está e sempre estará contigo nas batalhas.
Deus nos bendiga.
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