Como navios blindados seguimos em frente, resistindo ao inimigo de nossa alma, lutando até o sangue contra o pecado e vencendo o mundo, pelo temor do Senhor, o Deus Todo-Poderoso.

(Cada autor deste blog é responsável por suas opiniões e criações)

domingo, 15 de março de 2015

Imunidade

Nesses dias de batalha que temos que viver até o Dia de Cristo, como superar as dificuldades impostas tanto pelas circunstâncias da vida quanto por nós mesmos quando não conseguimos nos desvencilhar dos próprios medos e extinguir nossas deficiências?

(Se puder, pegue agora sua Bíblia e leia o capítulo 17 de 1 Samuel.)

Insta advertir que este artigo não deve ser rotulado como algum com teor de autoajuda, que por sinal, estão aos montes por toda parte nesse mundo antropocentrista que nos cerca. Mas, quero incentivá-lo a observar tudo o que suas mãos podem trabalhar e alcançar a partir do momento em que sua força, confiança e obediência advirem e retornarem em glória ao Deus vivo.

Por diversas vezes somos assaltados pelos pensamentos de derrota como o descrito no versículo de 1 Samuel 17.11: “Ouvindo Saul e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.” Para a maioria das pessoas funciona assim, basta aparecer uma situação complicada para o medo se manifestar de inúmeras formas, seja pela própria covardia, ou pela perplexidade, ou pela desconfiança, ou pelo desânimo por se sentir incapaz.


Há muito o rei Saul não confiava mais em Deus como seu protetor e sua esperança. No v. 25 Saul demonstra que esperava que sua vitória no duelo contra Golias viesse pelas mãos do guerreiro que sua riqueza pudesse encorajar, seduzir, incentivar a enfrentar o desafio. Assim, ao se deparar com a impotência decorrente de sua prepotência em confiar no poder de sua própria opulência, Saul teme, e seu exército sente o líder abalado pelo medo da destruição iminente. Essa é a consequência da confiança depositada no lugar errado.

Depreende-se pela narrativa do capítulo 17 que o medo e a desconfiança são sentimentos contagiantes, pois todo o exército estava apavorado. Mesmo assim, é certo que no exército israelita havia soldados fortes, valentes e capazes em seus treinamentos militares para lutar contra o gigante. A apatia dominava o espírito dos guerreiros.

O espetacular é ver no v. 28 a tentativa frustrada de Eliabe, numa atitude invejosa e mesquinha, em contagiar Davi com a covardia que lhe acachapava a moral. Todavia, por que Davi estava imune aos sentimentos de derrota que permeavam os corações daqueles homens?

Porque Davi era forte, valente, homem de guerra, sisudo em palavras e, acima de tudo, porque o Senhor era com Davi. (1 Samuel 16.18)

Quando Davi, diante do rei, dispôs-se em duelar com Golias, mais uma vez, Saul demonstrou inconsistência: v. 33 “Porém Saul disse a Davi: Contra os filisteus não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade.” Ato contínuo, com uma intrepidez a toda prova, Davi respondeu que poderia abater o gigante como abateu o leão e o urso no campo quando pastor, e que assim o faria porquanto o filisteu afrontara o Deus vivo (vv. 34-37).

Destarte, Davi, o pastor de ovelhas, menor de seus irmãos, que não suportava manejar uma armadura, sem espada, lança ou escudo, nos ensina uma lição essencial sobre a confiança que devemos ter em Deus: v. 45b “(...) eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.

Davi não lutou em nome de Saul ou do dinheiro de Saul, muito menos confiado única e exclusivamente em suas próprias forças; o pastorzinho guerreou bravamente em nome do Senhor que nos sustenta e nos livra das mãos dos nossos inimigos e das armadilhas que intentam nos agarrar num abraço mortal. Davi manteve-se imune às ondas indolentes nas quais os covardes estavam mergulhados.

O resultado do duelo Davi x Golias todos já conhecem.

Assim sendo, ore e busque um caráter forte e corajoso, imune aos apáticos, como o de Davi; e creia, confiante que Deus está e sempre estará contigo nas batalhas.



Deus nos bendiga.

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