Como navios blindados seguimos em frente, resistindo ao inimigo de nossa alma, lutando até o sangue contra o pecado e vencendo o mundo, pelo temor do Senhor, o Deus Todo-Poderoso.

(Cada autor deste blog é responsável por suas opiniões e criações)

terça-feira, 10 de março de 2015

Pedras: Atire-as ou Largue-as!

Nós, como ótimos pecadores que somos, ao longo de nossa caminhada cristã, vamos adquirindo alguns hábitos pecaminosos, ou melhor, acabamos não nos livrando de muitos deles. Agora, estes delitos não incomodam mais, viraram costume e acabamos nos apegando a eles. Todavia, não deixam de ser o que são: PECADO! Infelizmente, isso é inerente a todo ser humano, não há quem não cometa erros e não possua falhas no seu caráter. (Romanos 3:10-12)


     Antes de iniciar, de fato, a expor o proposto, tenho algo um tanto curioso a revelar. Talvez não faça tanto sentido, mas decidi compartilhar, até porque quero fazer deste, um texto pessoal, de forma que você, leitor, sinta-se dentro dele, como se estivéssemos num diálogo confortável e descontraído. A verdade é que durante meses pensei e planejei escrever neste blog um tema, uma proposta, um formato e tudo quanto se possa imaginar de um texto. Já estava tudo definido; mas, por algum motivo, senti um certo incômodo (sinto-me um tanto receoso de atribui-lo a Deus), mas creio que foi algo um tanto diferente. De repente, eis que surgem novas ideias e um novo texto: Eu enxerguei quantas pedras tenho carregado comigo e a urgente necessidade de largá-las. Eu precisava dividir tudo isso, para que se, porventura, mais alguém se encontrar nesta mesma situação, eu possa servir como instrumento de ajuda e, mesmo que seja o contrário, que todo o contexto sirva de exemplo para reflexão.

Creio que até agora nada está muito claro, espero que não esteja entediado, continue firme na leitura!

     Encontrei dois textos que podem expressar com perfeição tudo o que quero passar como ensinamento. O primeiro se encontra no livro de Atos, e o segundo, que será exposto logo em seguida, encontra-se no livro que escreveu João. Espero ser bem sucedido!


E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. (Atos 7:54-60)


     Tomei apenas um trecho do capítulo 7 de Atos, que por sinal é um capítulo riquíssimo e cheio de detalhes, e, mesmo tendo tomado apenas um trecho, a ideia não é a exposição total, mas apenas abordar o que creio ser conveniente dentro do tema por mim proposto. Quero que atentem para duas figuras, Estevão como mártir, como alguém que foi injusta e cruelmente morto, e, para aqueles que o mataram, para os furiosos e arrogantes hipócritas, aqueles que se achavam os mais nobres possuidores da verdade.





     Neste primeiro momento, teremos as pedras sendo atiradas; em princípio, a postura daqueles que atiravam as pedra me indignou; na verdade, até agora não me conformo. Mas Deus, na sua bondade, fala conosco; Ele falou comigo e mostrou-me a minha semelhança com aqueles que apedrejaram Estevão. Sendo assim, eu lhe pergunto: Até que ponto somos tão diferentes deles?

     Confesso que, por muitas vezes, lancei todas as pedras que possuía em mãos, dispensando toda a minha fúria ao apedrejar um "inocente"; depois, ao meditar e rever minhas atitudes, fiquei profundamente triste. Mais uma vez vos pergunto: Onde estão as suas pedras, o que tem feito com elas? Seja sincero consigo, será que porventura nunca foi injusto em atirá-las? Saiba que só há duas possibilidades neste contexto, ou você é um dos atiradores, ou é Estevão.

     Eu mesmo sou um ótimo atirador de pedras. Parece até que possuo este dom. Com você é diferente? Mas, também, já estive do outro lado da moeda. Devo assumir que não fui tão bem sucedido. É difícil ser apedrejado calado e ainda ver com tanta nitidez os céus abertos e a glória do SENHOR. Quero, com tudo isto exortá-los, para que não sejamos tão duros de coração, a ponto de "matar" pessoas inocentes.

     Também almejo, por fim, colocar mais uma situação: e se você estivesse no lugar de Estevão, o que faria? (Reflita!) Você seria capaz de repetir tudo o que foi feito e dito por ele, perdoando àqueles que estão te matando? Você pediria para que Deus, o Justo, não lhes impusesse pecado algum? Meu Deus, como isso é difícil, parece impossível. Pois, assim como somos inclinados a apedrejar, também não temos vocação para sermos apedrejados, são duas questões na qual temos bastante dificuldade.


Neste primeiro momento, quem é você: um mártir ou um exímio atirador de pedras?



     Agora, vamos ao segundo momento: a outra situação e o outro texto proposto, onde as pedras estão sendo largadas. O texto se encontra no livro que foi escrito por João, capítulo 8. Veremos a história da mulher adúltera!


Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. (João 8:1-11)




Então, temos algumas situações: uma mulher adúltera, um povo hipócrita, que indevidamente queria julgá-la e um Jesus bondoso que perdoa pecados e traça uma nova história. Quero usar esse texto para mostrar que a melhor solução é olhar para a nossa própria vida. Não devemos lançar pedras em quem quer que seja, nem mesmo numa mulher adúltera, que na época era tida como maldita. 
Quero, aqui, deixar bem claro que a mulher merecia, sim, ser apedrejada, mas o povo não poderia assim fazer somente a ela, a lei obrigava que o casal fosse morto. Na passagem vemos que não haviam apanhado o homem, apesar de terem o flagrado. Sendo assim, não poderiam atirar sobre ela suas pedras. A intenção dos acusadores era tão somente colocar Jesus em uma armadilha. (Leia Levítico 20:10 e Deuteronômio 22:22)  

     Jesus, mesmo sendo tão puro e santo, não julga nem aponta os pecados da mulher. Pelo contrário, Ele procura ajudá-la. Fico me perguntando o que eu faria em uma situação como esta, se eu seria como Jesus ou como os fariseus. Penso que estamos sempre inclinados a adotar uma postura de juiz e a fazer os nossos pré- julgamentos.

Assim como, no texto de Atos, as pessoas retratadas nesse último texto também estão erradas. Mesmo a mulher estando em pecado, ninguém teria autoridade para tal ato executar. Mas, desta vez, temos um personagem que muda toda a história: Jesus! É Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. (João 16:8) Diferente da outra situação, nesta vemos a figura convencedora de Jesus. Ele mostra ao povo que eles estão errados, e que não podem continuar. Mas como Ele consegue isso? Simples, ele faz o povo olhar para o próprio umbigo, e ver que ninguém estava tão puro e apto para apedrejar a mulher, mesmo que fosse uma adúltera. Nem mesmo Jesus a acusou, por que eles fariam isto? Infelizmente nós somos assim: preferimos julgar aos outros, afinal é bem mais fácil. Mas, aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra! Que frase fantástica. Realmente, Jesus era, é e para sempre será o Rei dos reis, o Senhor entre os senhores, o Deus único e tremendo, ao qual todos devem temer e tremer! Osana nas maiores alturas!


Espero que, assim como o povo, sejam convencidos a largar as pedra que possuem nas mãos, pois sei que as seguram, às vezes com muito ímpeto e firmeza. Não endureçam o coração, sigam aquilo que o Mestre mandar/falar. Imitem-no! Convido a todos: sejam imitadores de Cristo! Afinal, a própria bíblia nos instrui a isto. (Efésios 5:1) 


E neste segundo momento, com quem você mais se identifica, com a mulher adúltera, como o povo hipócrita, ou com o próprio Jesus?


Estamos chegando ao fim, espero sinceramente que eu tenha conseguido transmitir realidade e vida ao artigo escrito. Espero que tenha sido desafiador. Que, com os textos escolhidos, o próprio Deus possa falar ao coração de cada leitor deste blog, de acordo com a necessidade de cada um. Espero persuadi-los as largar cada pedrinha que seguram, e é certo que todos nós possuímos, seja ela grande ou pequena, muitas ou poucas. Não tenha medo nem vergonha, não seja tolo, não espere até "matar" alguém com suas pedras para que venha perceber que elas são letais. Elas não somente machucam, mas, também, destroem! Não é fácil, mas é possível. Estamos tratando com o Deus que salva pecadores, que convence miseráveis, que ama seres ínfimos e insignificantes, o Deus do impossível. Se Ele pode tudo isto, Ele pode te ajudar neste desafio. Tenha fé, porque para largas as pedras, é preciso! 


Saiba: Somos exímios apedrejadores, ou atiramos nossas pedras nos outros, ou as largamos aos pés da cruz. 





Vai-te, e não peques mais! Paz.

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